top of page

CONRE4 participa de encontro nacional no CONFE e impulsiona agenda de transformação digital e valorização da Estatística para 2026–2028

  • Foto do escritor: CONRE4
    CONRE4
  • 6 de dez.
  • 5 min de leitura

Reunião no Rio de Janeiro consolida metas integradas para modernização normativa, gestão digital e fortalecimento da profissão em todo o país


Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2025.



ree

O Conselho Regional de Estatística da 4ª Região (CONRE4) participou, na sede do Conselho Federal de Estatística (CONFE), no Rio de Janeiro, da reunião de planejamento estratégico do Sistema CONFE/CONREs para o triênio 2026–2028, consolidando, em nível nacional, uma agenda que articula modernização institucional, transformação digital e valorização profissional. O encontro contou com a presença do Presidente do CONRE4, Estatístico Gabriel Afonso Marchesi Lopes, e da Assessora Administrativa, Financeira e de Planejamento, Ana Carla Carvalho dos Santos, que atuaram de forma ativa na construção das diretrizes e metas que irão orientar a atuação dos Conselhos Regionais nos próximos anos.


Reunindo representantes dos CONREs de todas as regiões, a reunião teve como eixo central a discussão do Plano Estratégico Integrado do Sistema CONFE/CONREs (2025–2028), documento que harmoniza as contribuições do CONFE e de diferentes regionais (CONRE-1/DF, CONRE-2/RJ, CONRE-3/SP, CONRE-4/SUL, CONRE-5/NE CONRE-6/MG-ES), com o objetivo de alinhar estratégias e consolidar o Sistema como referência nacional em regulação, fiscalização e valorização da profissão estatística. Nesse contexto, a participação do CONRE4 foi marcada por uma visão que recusa o binômio paralisante entre burocracia ineficiente e voluntarismo improvisado, defendendo um modelo de governança em que planejamento, indicadores e tecnologia sustentam decisões de médio e longo prazo.


O Plano Integrado parte de um ponto de convergência inequívoco: a defesa da ética, da competência técnica e da valorização do Estatístico como eixo estruturante do Sistema. Missão, visão e valores das diferentes instâncias — CONFE, CONRE-3, CONRE-6 e demais regionais — apontam para a necessidade de consolidar a credibilidade jurídica e técnica da profissão, reforçando princípios de legalidade, eficiência, transparência, governança, integridade e modernização. A presença do CONRE4 no encontro nacional traduz, precisamente, essa compreensão de que não basta fiscalizar de forma reativa, é necessário organizar o próprio Sistema em bases modernas, digitalizadas e orientadas por evidências.


Um dos pontos de destaque do debate foi o eixo de Gestão, Processos e Transformação Digital, no qual o CONFE propôs um Sistema de Gestão Integrado (SGI), o CONRE-3 defendeu a integração SPW–CONFE, e o CONRE4 apresentou a proposta da plataforma CNE 2.0, voltada à integração inteligente de cadastros, processos e dados, permitindo maior rastreabilidade, automação e capacidade analítica. A incorporação dessas propostas no Plano Estratégico resultou na meta de implantar o SGI/CNE 2.0 com 100% de adesão até 2027, meta para a qual o CONRE4 assume papel de protagonista técnico, dada sua contribuição original nesse desenho.


No eixo de Fiscalização e Ética Profissional, houve consenso sobre a necessidade de ampliar a cobertura e a qualidade da fiscalização, combinando modelos tradicionais — como a fiscalização presencial, destacada pelo CONRE-2 — com o uso intensivo de inteligência artificial, business intelligence e cruzamento de bases de dados, conforme sugerido pelo CONFE e pelo CONRE-3. O Plano define como meta aumentar em 30% os processos de fiscalização concluídos até 2026, o que demanda tanto estrutura tecnológica quanto clareza de normas e procedimentos. A participação do CONRE4 reforçou a tese de que fiscalização sem dados estruturados e sem sistemas integrados produz apenas volume burocrático, enquanto o uso qualificado de informação — com critérios, indicadores e rastreabilidade — permite separar casos de maior gravidade, coibir o exercício ilegal da profissão e proteger a sociedade de fraudes e improvisações mascaradas de “análise estatística”.


Outro eixo estratégico debatido foi o da Valorização Profissional e Comunicação Institucional, em que os regionais convergem na necessidade de campanhas coordenadas, maior presença em eventos, diálogo com instituições de ensino e comunicação unificada da imagem pública da Estatística. O Plano recomenda a criação de uma estratégia nacional de comunicação, capaz de superar a fragmentação regional e projetar a profissão para além do nicho técnico, em linguagem acessível à sociedade, sem renunciar ao rigor metodológico. Nesse campo, a meta integrada de aumentar em 20% o número de profissionais adimplentes e engajados até 2028 depende diretamente de uma combinação entre mensagem clara, serviços relevantes e credibilidade institucional, aspectos que o CONRE4 vem enfatizando em sua atuação regional e que levou à mesa de planejamento nacional.


O debate sobre Marco Legal e Modernização Normativa também ocupou lugar central na pauta. A partir de proposição do CONRE-6, o Plano prevê a criação de um Grupo de Trabalho Normativo (GT-Normativo) para conduzir a atualização da Lei nº 4.739/1965 e do Decreto nº 62.497/1968, com a meta de concluir esse processo até 2028. A participação do CONRE4 reforçou a necessidade de que essa revisão não se limite a ajustes formais, mas reflita a realidade contemporânea da Estatística, hoje inserida em contextos como ciência de dados, inteligência artificial, governança de dados, avaliação de políticas públicas e regulação de mercados complexos, mantendo, porém, a centralidade do Estatístico como profissional habilitado e responsável por decisões que envolvem risco social relevante.


No eixo de Educação Estatística e Formação Profissional, foram discutidas propostas consistentes para atualização das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), apoio às Instituições de Ensino Superior (IES) e promoção de iniciativas como workshops de jornalismo científico, articuladas principalmente pelo CONRE-3. A contribuição do CONRE4 enfatizou a importância de que a formação estatística seja compatível com o novo desenho institucional que o próprio Sistema pretende consolidar: profissionais preparados para atuar em ambientes regulados, com compreensão do marco legal, da ética profissional e da responsabilidade social do uso de dados.


Por fim, a reunião tratou da sustentabilidade financeira dos regionais, reconhecendo diferenças significativas de capacidade entre os CONREs e apontando o compartilhamento de soluções administrativas como caminho para reduzir assimetrias sem comprometer a autonomia regional. Nesse ponto, a experiência do CONRE4 em organização administrativa, planejamento integrado e desenho de indicadores de desempenho foi destacada como referência para a construção de modelos replicáveis em outras regiões.


Ao participar de maneira ativa das discussões e ao contribuir com propostas concretas — particularmente no campo da transformação digital (CNE 2.0), da integração de sistemas e da conexão entre regulação, fiscalização e comunicação pública, o CONRE4 reafirma seu compromisso com uma visão de Sistema que recusa o imobilismo normativo e o discurso meramente celebratório.


A presença do Presidente Gabriel Afonso Marchesi Lopes e da Assessora Ana Carla Carvalho dos Santos no encontro do Rio de Janeiro sintetiza essa postura: fortalecer a profissão estatística não é apenas proteger um mercado de trabalho, mas construir uma infraestrutura institucional capaz de garantir que decisões públicas e privadas baseadas em dados sejam tomadas com ética, competência e responsabilidade.


Com o Plano Estratégico Integrado 2025–2028 e as metas definidas para o triênio 2026–2028, o Sistema CONFE/CONREs dá um passo decisivo para se consolidar como referência nacional em regulação profissional com alto grau de racionalidade técnica, e o CONRE4 posiciona-se, nesse movimento, como um dos vetores centrais da agenda de modernização institucional, transformação digital e valorização substantiva da Estatística no Brasil.

 
 
 

Comentários


bottom of page